Governo entra na luta por mudanças no mar territorial do Paraná
O secretário da Fazenda, Luiz Carlos Hauly, anunciou que o governo vai se empenhar por mudança do mar territorial paranaense. A delimitação atual retirou milhões de reais em royalties do estado e dos municípios litorâneos. O ex-deputado federal Gustavo Fruet vinha se batendo há anos para mudar a situação.Segundo a Agência Estadual de Notícias, o apoio do governo a proprosta foi anunciada durante reunião do Movimento Pró-Paraná nesta segunda-feira (30). Para a AEN, a disputa com São Paulo e Santa Catarina “ganhou importância desde a descoberta de poços de petróleo na camada pré-sal”.
Na verdade, pela proposta de divisão da receita do pré-sal feita pelo governo federal, que será mais equilibrada entre estados produtores e não produtores e deverá financiar o desenvolvimento social e tecnológico, a questão do mar territorial perderá grande importância. “São duas questões separadas que hoje convergem”, diz o presidente do Pró-Paraná, Jonel Chede. O grupo, existente há dez anos, é conhecido pela defesa de causas que afetam o Paraná. De acordo com Hauly, o governador Beto Richa apoia a luta pela mudança da legislação referente ao mar territorial, que deve se desenrolar no Congresso Nacional, onde tramitam projetos de lei tanto a favor como contra o pleito paranaense. Geógrafos e geólogos presentes à reunião afirmaram que todos os tratados internacionais se valem de linhas paralelas para definir limites e fronteiras – critério que, se utilizado no Brasil, ampliaria o mar territorial paranaense.
O problema é que a mudança mexe com interesses de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo, que são os estados mais beneficiados pelos royalties do petróleo e gás. O critério cartográfico usado atualmente pelo IBGE prejudica os estados de litoral côncavo, como é o caso do litoral paranaense e do Piauí. Nestes dois estados, as linhas usadas para definir o mar territorial se aproximam à medida em que se afastam da costa, formando um triângulo, enquanto as linhas dos estados vizinhos se expandem.
“Por muito menos um país declara guerra a outro”, ponderou Hauly.No triângulo paranaense existe apenas um poço de petróleo, o Caravelas, ainda assim reivindicado por Santa Catarina desde 1991. Hauly alertou sobre a necessidade de embasamento técnico para argumentar a favor do Paraná. E lembrou que muitas vezes o assunto vem à tona e depois é esquecido. “Temos a necessidade imperiosa de persistência”, disse o secretário.
( publicado no Correio do Litoral, de Guaratuba )
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03 fevereiro 2012
Paraná quer petróleo de seu mar territorial -
Advogado, paulistano, professor de direito, defensor de direitos humanos. Bacharel pela PUC -SP em 1974, pós graduado em Direito Notarial, Registros Públicos e Educação Ambiental. Defensor de quilombolas, caiçaras, indígenas, pescadores artesanais... Edita o Expresso Vida.
Autor de diversos livros jurídicos.São incontáveis os artigos jurídicos publicados em revistas especializadas, jornais etc. Integra a Academia Eldoradense de Letras,Academia Itanhaense de Letras. Titular da cadeira nº 35 da Academia São José de Letras. Integra o Instituto dos Advogados de Santa Catarina. É presidente da Comissão de Direito Notarial e Registros Públicos da OAB-Sc. Consultor nacional da Comissão de Direito Notarial e Registraria do Conselho Federal da OAB.Foi presidente por dois mandatos da OAB-TO - Gurupi. Sócio desde 1983 do Lions Clube Internacional. Diretor de Opinião da Associação Comercial de Florianópolis. Sócio de Pugliese e Gomes Advocacia. CIDADÃO HONORÁRIO DA ESTANCIA DE CANANÉIA, SP.
www.pugliesegomes.com.br
Residente em Florianópolis.
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